domingo, 30 de outubro de 2011

História de Castro - Paraná

A ocupação dos Campos Gerais do Paraná, ocorreu a partir do início do século XVIII, com o ciclo do tropeirismo, visto que, no período anterior, o território era ocupado por índios dos troncos lingüísticos tupi e gê e que os primeiros caminhos seguindo, os vales dos rios e as trilhas dos índios, tornaram-se as veredas da civilização.

Os caminhos eram muitos, trilhas cortavam a terra, do Atlântico ao Pacífico e conhecidos pelos nativos.

A principal chamava-se Peabiru. Esses caminhos provavelmente foram usados pelos espanhóis, portugueses, colonizadores e jesuítas, que acompanhados por batedores índios pararam naquele sítio mais tarde conhecido como Vau do Iapó.

Pelo regime sesmarias, a Coroa Portuguesa concedia vastas extensões de terras às famílias que pretendessem aqui se fixar. O primeiro requerimento dessa natureza, feito por Pedro Taques de Almeida, data de 19 de março de 1704.

Para realizar o trabalho de desbravamento, disputando o território com índios bravios, o sesmeiro contava com um grupo de pessoas formado por famílias, parentes, agregados, índios amansados e escravos de origem africana.

Por um lado, as atividades econômicas das Capitanias do Norte criaram grande demanda de gêneros alimentícios e de transporte. Ao sul do continente, Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina, existia grande quantidade de animais (bovinos, eqüinos, muares) desfrutando as ricas pastagens. Como conseqüência natural dessa demanda ao Norte e oferta ao Sul, foi aberto o "Caminho das Tropas", permitindo o transporte desses animais, por terra, das regiões de origem aos centro consumidores. Ao longo dessa rota, formaram-se pousos de tropeiros que iriam dar origem aos povoados.
A abundância de pastagens em forma de campos nativos e de capões de mato de florestas araucária favorecia a atividade pastoril, atraindo os criadores de gado bovino e tropeiros.

O Rio Iapó, por sua característica de tornar-se alagado, obrigava os tropeiros em trânsito a acampar e esperar. Desse modo, formou-se o Pouso do Iapó, no vau (trecho raso do rio) de baixo. No vau de cima, poucos quilômetros distante, construiu-se a capela em louvor a Santo Antônio. Essa paragem, conhecida como Capão Alto, tornou-se propriedade dos religiosos da Ordem dos Carmelitas, fato que propiciou o crescimento de outro pouso rio abaixo. Assim, o antigo Pouso do Iapó evoluiu para a categoria de Freguesia de Sant'Ana do Iapó a partir de 1774, quando foi construída a primeira capela com esse nome. A elevação da Vila Nova de Castro ocorreu em 20 de janeiro de 1789, em homenagem a Martinho Mello e Castro, então Secretário dos Negócios Ultramarinos. Na época da instalação da Província do Paraná, em 19 de dezembro de 1853, Castro figurava em segundo lugar em contingente populacional, com 5899 habitantes.

A Vila Nova de Castro foi elevada à categoria de cidade em 21 de janeiro de 1857, sendo considerada a primeira cidade instituída no Estado, após a instalação da Província do Paraná.
Por ocasião da Revolução Federalista, o Dr. Vicente Machado transferiu para Castro a capital do Estado sob o Decreto 24 de 18 de janeiro de 1894, sendo revogado em 29 de abril do mesmo ano. Portanto, Castro foi Capital do Estado por 3 meses e 11 dias.


Colonizações
Um dos fatores significativos no desenvolvimento do município relaciona-se com a fixação de imigrantes holandeses, alemães e japoneses, além dos poloneses, ucranianos, italianos e árabes.
Estes grupos contribuíram para a formação sociocultural da população castrense, que mantêm ainda tradições, através dos usos e costumes e de suas manifestações folclóricas.

Extraído do site da Prefeitura de Castro.

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